quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Queridos Amigos me perturba

Assisto Queridos Amigos de vez em quando quase nunca - é cedo, é tarde, a gente nunca sabe o horário que vai passar, e nunca sei quando chego em casa. Mas, há duas semanas, desde a estréia da minisérie, é curioso o seu efeito pertubador: política e amizade, dois dos temas centrais, me instigam e têm me feito refletir.

Sou da geração que cresceu pós-ditadura, aquela, de identidade confusa, ou sem identidade? Como queria ter vivido aquele momento... Muito embora os ideais permeiem a maioria dos diálogos, as relações estão no centro de todas as cenas. Uma família de amigos afastada por anos se reencontra e procura a amizade que ficou esquecida. Pura nostalgia por um tempo que não volta mais ou questão de tempo para trazer à tona sentimentos que andaram adormecidos? Algum paralelo com o bonde não é mera coincidência.

Ah, já ia me esquecendo e dizer que a minisérie ainda é uma declaração de amor à São Paulo, mais que merecida.

Um comentário:

Fran disse...

Que interessante o seu comentario...penso exatamente a mesma coisa sobre a minha geracao...queria ter nascido antes e lutado embora olhe pra tras e nao saiba o que eu estaria fazendo! Enfim, parabens! Uma leitora! :)