quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Queridos Amigos me perturba

Assisto Queridos Amigos de vez em quando quase nunca - é cedo, é tarde, a gente nunca sabe o horário que vai passar, e nunca sei quando chego em casa. Mas, há duas semanas, desde a estréia da minisérie, é curioso o seu efeito pertubador: política e amizade, dois dos temas centrais, me instigam e têm me feito refletir.

Sou da geração que cresceu pós-ditadura, aquela, de identidade confusa, ou sem identidade? Como queria ter vivido aquele momento... Muito embora os ideais permeiem a maioria dos diálogos, as relações estão no centro de todas as cenas. Uma família de amigos afastada por anos se reencontra e procura a amizade que ficou esquecida. Pura nostalgia por um tempo que não volta mais ou questão de tempo para trazer à tona sentimentos que andaram adormecidos? Algum paralelo com o bonde não é mera coincidência.

Ah, já ia me esquecendo e dizer que a minisérie ainda é uma declaração de amor à São Paulo, mais que merecida.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Eles estão chegando!


Ontem e anteontem estive para postar no blog, mas um assunto simplesmente não sai de minha cabeça: finalmente, após 10 meses, mis hermanos Paula e Ricardo chegam hoje para um finde paulista. Tão difícil os três se reunirem, especialmente só os três, na linguagem paulistana, sen-sacional.

Pois bem, googlemaníaca que sou, decidi fazer uma busca por seus nomes, e de quebra me deparei com uma matéria juizforana da Paulinha de 2002, "Entre uma braçada e outra, muitos títulos", digna de encher qualquer irmã mais velha de orgulho rs. Mais engraçado, escrita por uma super amiga, Flávia Machado, que casou, mudou, e literalmente desapareceu. Momento nostalgia total. Eu e Rick não estamos nos tops de nossos nomes, nadamos, mas não conseguimos tantos títulos assim rs.

22h10, Congonhas. As histórias conto depois.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Apaixonados por nuvens


Noite de lua quase cheia e olhando pela janela vejo a lua parcialmente encoberta por nuvens ralas, bem diferentes das que têm antecedido os temporais dos últimos dias. Recentemente descobri os cloud lovers da cloud appreciation society, é mole? Abaixo um trecho do manifesto do grupo, no mínimo, inspirador... da galeria de imagens divida em categorias um exemplo de clouds that look like things.

cloud We think that they are Nature’s poetry, and the most egalitarian of her displays, since everyone can have a fantastic view of them.
cloud We seek to remind people that clouds are expressions of the atmosphere’s moods, and can be read like those of a person’s countenance.
cloud And so we say to all who’ll listen: Look up, marvel at the ephemeral beauty, and live life with your head in the clouds!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Urso de Ouro


Exibiram o filme com legendas em alemão - Pede pra sair!
Acusaram-no de facismo - Você está de brincadeira 02?
Finalmente, a maior premiação do Festival de Berlim. Tropa definitivamente merecia. E o nosso já lendário - e tão real - Capitão Nascimento, mais ainda.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Achei! E se...


Sempre que penso em um blog me persegue a idéia de criar um "E se..."
Explico: tenho uma relação dúbia com essa expressão. Adoro imaginar situações, soluções impensáveis (estilo campanha da Oi sobre a simplicidade), ao mesmo tempo odeio "E ses" voltados ao que podia ter sido (tem um email bacana sobre isso que circula na net, provavelmente atribuído ao Veríssimo). Escolheu, já era. É o que é.

Parece que encontrei um grupo que encontrou o jeito certo de expressar suas especulações, viagens, sua ironia. No blog What if os autores mostram os roughs originais de suas idéias absolutamente sem censura, num exercício envolvente de estímulo à criatividade no qual o maior resultado é sempre a risada.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

"A date with my city"

Ontem à noite, num dos milhares de vale à pena ver de novo de "Sex and the City", Carrie falava sobre sua relação com a cidade. Até aí nenhuma novidade. Quem gosta do quarteto conhece bem sua relação com Nova York. Quem me conhece um pouquinho sabe da minha identificação com a personagem. Minha e de 50% das mulheres que conheço rs.

Entretanto uma frase me chamou a atenção. "Vai sair com quem?", alguém perguntou, "Tonight I have a date with my city", respondeu a heroína escritora... Desde que saí de casa escrevo com frequência sobre a cidade... em minhas aventuras, sozinha ou não, sempre incluo as percepções do entorno, interajo com sua personalidade, seu humor, e curto muito essa relação... Juiz de Fora, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo.

São Paulo. Precisamos de tempo para mais dates. É sempre surpreendente te conhecer melhor.

O amor de Nelson

“Acho que todo amor é eterno e, se acaba, não era amor. Para mim, o amor continua além da vida, além da morte. Digo isso e sinto que se insinua nas minhas palavras um ridículo irresistível, mas vivo a confessar que o ridículo é uma das minhas dimensões mais válidas.”
Nelson Rodrigues

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A tal felicidade...

Incrível como coisas simples por vezes preenchem nosso dia... sempre tive um sorriso fácil, sabe aquela receita de bolo para propagandas? Comigo funciona que só... crianças, velhinhos, cachorros rs... são meu ponto fraco, todo mundo sabe. Filhotes? Mais ainda... Pedigree será eternamente um dos meus filmes favoritos! E mais... árvores e flores, céu azul, céu nublado, lua crescente, lua cheia, lista que não tem fim.

Simplicidade. Quando a gente muda acha que o caminho da metrópole passa apenas pelas grandes livrarias, pelos museus, teatros, cinemas, pelas inúmeras opções e opções de bares e restaurantes. Adoro as pontes e elevados. Adoro as vias expressas e as mega-lojas, os hiper-mercados, as super-padarias. Paralelamente, cada vez mais me encanto ao descobrir minha rotina, meus lugares preferidos, meus cantinhos, rostos conhecidos por toda a vizinhança. Os anônimos de repente ganham identidade e nos ajudam a sentir que estamos, finalmente, em casa.